Boana faber (crédito: Renato Feio, DBA/UFV) Astyanax lacustris (crédito: Cidimar Estevan de Assis e Késsia Leite de Souza), DBA-UFV Entufado-baiano (Merulaxis stresemanni) (Crédito: Alexander Zaidan, ex-aluno PGBA/DBA) Phyllostomidae (crédito: Oriol Massana & Adrià Lopez-Baucells, http://www.adriabaucells.com/) Atolchelys lepida (crédito: Pedro Romano, DBA/UFV)

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Informativo

Grupo de Pesquisa do DBA descobre nova espécie de lambari na microrregião de Viçosa

O grupo de pesquisa em Ictiologia da UFV, ligado ao Departamento de Biologia Animal (DBA), publicou, no dia 2 de dezembro último, na revista Zootaxa, um artigo no qual descreve a descoberta de uma nova espécie de lambari (Psalidodon canaaensis), que se encontra restrita à Cachoeira Grande, no município de Canaã, na microrregião de Viçosa (MG) – área que está sob ameaça de construção de uma usina hidrelétrica. Na elaboração do artigo, intitulado A new endemic species of Psalidodon Eigenmann (Characiformes: Acestrorhamphidae) from the upper rio Doce basin, Brazil, o grupo da UFV teve a parceria de pesquisadores das universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e do Amazonas (UFAM).

O pesquisador Victor e a professora Elisabeth, responsáveis pela confirmação da nova espécie de lambari

De acordo com a professora do DBA Elisabeth Henschel, líder do grupo Ictiologia e curadora da Coleção Ictiológica do Museu de Zoologia João Moojen (MZUFV), a descoberta teve uma origem curiosa. Entre os anos de 1990 e 2017, o então professor da UFV Jorge Dergam, agora aposentado, que era líder do grupo na época, coletou alguns peixes, depositando-os na Coleção Ictiológica do MZUFV. Anos depois, o ex-aluno de graduação e atual integrante do Ictiologia Victor de Queiroz, examinou e percebeu que se tratava de uma nova espécie lambari. “Quando entrei na Universidade e assumi a liderança do grupo Ictiologia, em 2024, examinei o material e confirmei com o Victor que era uma nova espécie”, conta.

Esta é a primeira espécie de lambari do gênero Psalidodon endêmica da bacia do rio Doce

A nova espécie se difere dos demais lambaris por várias características morfológicas relacionadas à quantidade de escamas, à anatomia da linha lateral (estrutura sensorial que permite que os peixes sintam a vibração da água), aos dentes e ao padrão de colorido, por exemplo. Segundo a professora, “essas variações ou mudanças ocorrem por conta da história evolutiva da espécie. Conseguimos contar essa história evolutiva independente, da nova espécie, por meio dessas características morfológicas e também das análises de DNA”

Para a ictiologia, a descoberta do lambari é de grande importância. Isso porque é a primeira espécie de lambari do gênero Psalidodon endêmica da bacia do rio Doce; “ou seja, vive exclusivamente nessa região. A descrição de Psalidodon canaaensis enriquece a Ictiologia por adicionar peças ao quebra-cabeça da evolução dos lambaris, mostrando que espécies surgiram aqui e fornecendo informações adicionais sobre morfologia, genética e ecologia”, explica Elisabeth Henschel.

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